Vol. XI: Vitrais 87 - jul 2018

A Revista da ABRT Associação Brasileira Ramain-Thiers - ISSN 2317-0719

 

VITRAIS
Vol. XI: Vitrais 87

                        jul 2018

 

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Notícias

Literatura

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Artigos

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Artigo 1

 

A Minha Rosa

 

Solange Thiers

A MINHA ROSA

Solange Thiers

 

“Foi o tempo que perdeste com a tua rosa o que fez tua rosa ser tão importante assim ...”

Saint Exupery

 

A tua rosa... o que pode ser a rosa de cada um? Sinto que o simbólico da rosa é algo muito precioso, algo que mobilizou amor, dedicação, paciência na espera do tempo de florescer.

 

Como o jardineiro que cuida da delicada flor, nós somos jardineiros da vida: escolhemos o local do plantio com características próprias para a rosa florescer: muita claridade, terra preta, fértil, adubada, sol para garantir o colorido das pétalas, umidade adequada. E depois... o enxerto... o transplante... cuidados de quem sabe e quem ama o que faz. Pouco a pouco o botão se transforma naquela que é lembrada como referência de Beleza e Amor. 

 

A nossa rosa sempre faz com que usemos o tempo como aliado de luta, dedicação.

 

E por quê Exupery escolhe a rosa como exemplo? A rosa seria  apenas uma flor entre tantas como o cravo, a margarida, a dália, a orquídea, mas Exupery escolhe; escolhe porque sabe discriminar.

 

É redundante reafirmar que a escolha só é possível porque já houve discriminação.

 

O Ramain-Thiers é a minha rosa!!!

 

Durante muito tempo, desde 1992, quando apresentado ao mundo científico venho percebendo a dificuldade das pessoas assumirem a designação correta: Ramain-Thiers. Ouço-as dizendo “O Ramain isto...”  “O Ramain aquilo”  “Depois que fiz Ramain”  “Faço a formação Ramain”.

 

Vivi vários e diferentes momentos emocionais em relação ao fato, cuidando de não contratransferenciar, mas procurando por o limite necessário.

 

E aos poucos deixei-me acompanhar o movimento e é a minha conclusão que apresento neste artigo.

 

Sendo único na sua singularidade de fazer a leitura emocional do ato psicomotor, Ramain-Thiers é mais Thiers que Ramain. Sem negar em nenhum momento a gratidão que sinto por Simonne, usei a designação Ramain como homenagem à quem me confiou a sua obra. Ramain-Thiers não é Ramain, é preciso discriminar para ser fiel às origens.

 

Ramain-Thiers tem material próprio, usa de leitura psicanalítica, trabalha corporalmente reconstruindo a maternagem, promovendo o limite, favorecendo a reedição edipiana em busca da identidade. E com todo o meu respeito afirmo que Ramain trabalha só a psicocinética.

 

E afinal o que os dois tem em comum?

 

Algo não verbal, sutil, introjetado por mim, sentido, vivido, projetado na criação... concretamente os lápis coloridos, papéis quadriculados, materiais comuns de toda a Psicomotricidade. Entretanto mais do que apresentar diferenças pude elaborar e concluir que as diferenças são muitas, mas aceitas as diferenças é difícil porque não é uma questão cognitiva, é uma questão emocional de não discriminação. Percebo também que não diferenciar Ramain-Thiers de Ramain é o não poder separar-se do outro, funciona como projeção do seu próprio processo emocional de não poder aprofundar-se na própria ferida narcísica.

 

O que parece não ter importância para alguns é uma questão séria que envolve Ética, Legalidade, Justiça, Honestidade. É preciso reflexão ... sobre o transgredir... Não desisto de reivindicar meus direitos, mas tenho a certeza que só discrimina quem amadureceu psiquicamente para perceber diferenças e retomando à questões do desenvolvimento encontramos a diferença básica que é a anatomia dos sexos. Como atingir a genitalidade sem discriminar?

 

“Foi o tempo que perdeste com a tua rosa o que fez tua rosa ser tão importante assim ...” que frase sábia a de Exupery. Espero que o tempo presente que se move como uma sombra separando o tempo passado do tempo futuro seja um marco de esperança, isto leva-me a escrever este artigo.

 

Calar-me... Aceitar... Não posso. Não seria coerente comigo ser permissiva.

 

O tempo que perdi com minha rosa - Ramain-Thiers - dá-me este direito: o de reivindicar ética e respeito profissional ao meu trabalho.

 

Continuemos jardineiros zelosos na vida!

 

 

Solange Thiers

nov/96

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Volume I
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Volume II
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Do complexo de édipo a terapia de casais
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Volume III
A dimensão afetiva do corpo:
Uma leitura em Ramain-Thiers

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Volume IV
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