Vol. VII: Vitrais 76 - nov 2014
A Revista da ABRT Associação Brasileira Ramain-Thiers - ISSN 2317-0719
 
     
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VITRAIS
Vol. VII: Vitrais 76

                        nov 2014

 

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Artigo 2

 

 

Limite, um Fator

de Inclusão Social

 

Teresa Christina Najar Pereira Araujo

 

LIMITE, UM FATOR DE INCLUSÃO SOCIAL
 
Teresa Christina Najar Pereira Araujo
 
Graduação em Letras. Pós graduação em Língua Inglesa.

Pós graduação em Escrita e Leitura em Língua Inglesa. Psicanalista. Sociopsicomotricista Ramain-Thiers.

 

“A nossa sociedade debate-se, desesperadamente, contra a falta de autoridade oriunda de não entrada da função paterna, o que nos foi deixado como legado histórico e social. O nosso povo deixou de respeitar a Lei e está com dificuldades de encontrar uma forma segura de agir”. SOLANGE THIERS


            Desde tempos remotos, foi necessário estabelecer normas de convivência, determinando assim o comportamento social, do sujeito que faz parte de um processo de imitação em constante movimento. Essas normas, ou seja, os LIMITES, foram instaurados para que o indivíduo, conhecendo seus deveres e direitos, pudesse passar a viver numa sociedade, com interesses coletivos, desenvolvendo a virtude da disciplina, da educação e amor aos seus filhos.

O limite moral é a sociedade, pois ao fazer parte da coletividade, essa controla o indivíduo através de suas normas e princípios, costumes e tradições. Portanto;

 “Limites são regras ou normas de conduta que devem ser passadas para as crianças desde a mais tenra idade, pois a imposição de limites é a parte essencial da educação de uma criança, possibilitando melhor equilíbrio quanto ao seu desenvolvimento moral, psíquico, afetivo, cognitivo, organizando suas relações sociais. Ao colocar regras para as crianças as preparamos para a vida real, onde nem tudo acontece do jeito e na hora que se quer, portanto, durante o processo de desenvolvimento é importante saber que a lei na criança é internalizada, pois ela nasce amoral por ainda não ter internalizado as regras e aos poucos se torna capaz de moralidade quando guarda para si as leis” (COSTA, 2002).

Segundo Freud, é entre o terceiro e quinto ano de vida que se faz presente o Complexo de Édipo, momento em que o pai entra na relação como LEI do interdito do incesto. Nesta fase a criança experiencia um desejo sexual incontrolável e a presença paterna a faz limitar e ajustar seus impulsos. Assim sendo, pode-se afirmar que, o adulto, ao ter superado seus impulsos e resolvido seus desejos durante o Complexo de Édipo, consegue então ter o prazer de viver em sociedade.

Winnicot defendia a idéia de que as normas e a moral são implantadas nas crianças de duas formas, sendo uma pela imposição de aceitação e a outra, pelo incentivo da moralidade que se faz inerente ao ser. Para ele, os pais deveriam ter um código moral à espera desse filho que está por vir. Desta forma:


“A civilização começou de novo dentro de mais um ser humano, e os pais deveriam ter um código moral à espera do filho para quando ele, mais tarde, começar a procurar algum. Uma função pertinente a essa atitude será humanizar a própria moralidade exaltada, mas imperfeita, da criança, sua aversão à obediência, À custa de um modo de vida pessoal. É bom que essa moralidade exaltada seja humanizada, mas não deve ser eliminada – como poderá ser por pais que compreensivelmente dêem um demasiado valor à paz e tranqüilidade. A obediência acarreta compensações imediatas e os adultos incorrem muito facilmente no erro de confundir obediência com crescimento.” (Winnicott, D. W, p. 109, 2008).

Através da filosofia “é proibido proibir”, com a intenção de exterminar o autoritarismo que vigorava nas relações até os anos 60, os limites foram substituídos pelo “tudo pode” e, tanto os pais, professores e crianças, já não sabiam como agir.

Pais sem querer dar limites, por medo de deixarem de ser amados e de repetirem com seus filhos o horror do autoritarismo do qual foram vítimas, passaram a deixar que os mesmos fizessem tudo que desejassem para não se sentirem frustrados ou feridos. Ao tentar modernizar a educação familiar, esses pais esqueceram o equilíbrio que deve estar presente em toda educação e, acabaram se perdendo pelo caminho e vitimizando seus filhos emocionalmente.

Detecta-se que, os papéis a serem cumpridos por cada um dos que faziam parte da estrutura familiar ficaram distorcidos. Os pais, ao iniciarem a divisão de tarefas e responsabilidades domésticas com as mães, que passaram a trabalhar fora, confundiram o que seria uma relação mais próxima, afetuosa, aberta, com falta de limites.

Zagury afirma que, com essa confusão toda, os papéis acabaram sendo invertidos, os filhos passaram a ter o poder absoluto. Os pais, no intuito e ânsia de criar filhos mais felizes, transformaram-nos em indivíduos sem noções de direitos e deveres, o que se faz imprescindível para a convivência em sociedade. Assim, “Filhos de pais severos podem realmente tornarem-se dependentes e inseguros, da mesma forma que os filhos de pais permissivos podem apresentar as mesmas características”. (ZAGURY, 2002, p.46).

As crianças aprendem com seus pais e outras pessoas com as quais convivem, através da imitação, experimentação e invenção. Assim sendo, se os pais não colocam os limites, permitindo que os filhos façam tudo o que desejam, então também não estão ensinando-os a viver como seres sociais uma vez que esses desconhecem os limites individuais e relacionais. ”Portanto, cada vez que os pais aceitam uma contrariedade, um desrespeito, a quebra de limites está fazendo com que seus filhos rompam o limite natural para seu comportamento em família e em sociedade.” (TIBA, I. 2006 p. 21).

“Os pode” e os “não pode”, têm de ser ensinado às crianças, já na primeira infância, para que esses internalizem , cabendo aos pais e à escola estabelecer e fazer serem cumpridas as regras e limites, possibilitando assim, o processo de socialização para que o desenvolvimento psicossocial futuro das mesmas, aconteça de forma natural e equilibrada.

O respeito, no entanto, não pode ser colocado de lado, mesmo para impor limites. Deve-se explicar para as crianças o “não” que foi dito e, esse deverá ter uma razão para ter sido usado de fato. Se há um motivo concreto para ser dito, a criança sentirá que está sendo respeitada, e, como ser imitativo, em constante movimento, aprenderá a respeitar o outro, a se sentir importante numa educação que faz parte da sua existência.

As relações estabelecidas entre pais e filhos, desde muito cedo é que vão orientar essas crianças nos seus relacionamentos futuros em todas as situações a que forem expostos, seja no meio educacional, nas relações afetivas, profissionais, sociais em geral.

Bebês sem disciplina apresentam uma tendência enorme a se tornarem adolescentes e adultos que não sabem esperar para a realização dos seus desejos, pois não suportam viver a frustração.

Pais inseguros, desnorteados, acabam por deixar seus filhos desequilibrados emocionalmente, e, com eles, criam conflitos inúmeros. Se esses mesmos filhos são criados sem parâmetros de disciplina e moral, isentos de reflexões e de responsabilidade pelos seus atos, conseqüentemente aprenderão a conviver com indiferença e desvalorização de si mesmos e dos outros, são os indivíduos onde o TER sobrepõe o SER.

Neste contexto, é fundamental restituir aos pais a coragem que eles perderam, talvez até sem sentir, na tentativa de encontrar um novo caminho nas suas relações com os filhos. Precisa-se evitar que se invertam os papéis de dominador-dominado/ dominado-dominador. Isto pura e simplesmente não conduzirá a nada de positivo.

É preciso que a coerência esteja presente em toda a formação e criação dos filhos, para que os pais consigam manter o que foi dito, afirma Zagury (2002). Crianças não entendem os “de vez em quando”, assim sendo, esse ir e vir nas decisões, acabam por confundi-los. Se os pais prometem castigo, então deverá ser cumprido, caso contrário só servirá como agente de angústia e ansiedade, fazendo dos seus filhos, indivíduos medrosos e assustados. Promessas não cumpridas geram crianças inseguras e indecisas. E ainda, “O castigo também pode tornar a criança mais cuidadosa ao cometer uma falha, ou hábil em escondê-la. As crianças punidas com freqüência muitas vezes ficam mais perdidas, deixando de ser mais honestas ou responsáveis.” (SAMALIN e JABLOW, 2000).

Educar de forma equilibrada, com democracia, sem autoritarismo, é orientar as crianças em relação à avaliação de seus atos e ao que esses atos, as levarão, em contrapartida, o limite injusto, o “não” sem fundamento, só servirá para reforçar os medos e as angústias que são fatores que dificultam o processo de aprendizagem.
Crianças bem educadas é resultado de educadores que acreditam na importância de se estabelecer limites desde a mais tenra infância para que aconteça a internalização do processo de respeito a si mesmo e ao outro, buscando realizar mais do que apenas satisfazer seus desejos individuais. Esses educadores são os pais e os professores, responsáveis por criar futuros homens e mulheres capazes de viver em sociedade.

Torna-se relevante o estabelecimento de limites pela família, uma vez que, só assim é possível minimizar as graves conseqüências que a sociedade está sofrendo ultimamente por ser constituída de indivíduos criados com excesso de liberdade, de autoridade e de desejo próprio, por pais que, ao quererem usar da psicologia, tornaram-se tão permissivos que aceitaram o comportamento tirânico dos filhos desde a primeira infância, resultando esses em adolescentes e jovens, capazes de cometer atos de selvageria, assassinatos e violências diversas comuns na atualidade.

A escola também se faz importantíssima nesta formação do indivíduo, proporcionando o desenvolvimento da reflexão e autodescoberta das crianças. É função da escola, deixar claro para os alunos a importância dos limites, desenvolvendo a importância da cooperação e solidariedade na convivência grupal e social.

Ao educador, fica a missão de saber estabelecer limites e valorizar a disciplina, assim sendo, quem o faz, deverá estar saudável, pois o respeito à auto-estima é que diferencia o autoritário da autoridade, esse último, responsável por tornar a outra pessoa mais educada e disciplinada. Assim, “Você, pai ou professor, é o educador, e não pode se esquivar da tarefa de apontar, na medida certa, os limites para que os jovens se desenvolvam bem e consigam situar-se no mundo” (TIBA, 2006).

Dar limite não significa deixar de amar, de dar afeto, carinho, confiança e com tudo isso gerar segurança. O educador que usa da autoridade para educar está aberto para ouvir e respeitar a criança, o que representa ter que ser duro, agir de forma mais racional, com o intuito de gerar no sujeito, o seu bem estar e direcioná-lo à tão necessária cidadania. “O que queremos mostrar aqui é que, se agirmos com segurança e firmeza de propósitos, mas com muito afeto e carinho, poderemos atingir nossos objetivos educacionais sem autoritarismo...” (ZAGURY, 2003).

É possível chegar à conclusão de que, pais e professores deverão ter o estabelecimento de limites como fonte de compreensão e união ao outro, através do respeito, uma vez que cada indivíduo precisa se colocar de forma a entender que seus desejos não são maiores nem melhores do que o do outro e, assim sendo, deverão compartilhar de respeito mútuo, pois:

“Acredito no ser humano e nas suas competências para aprender, mesmo com seus erros; para solucionar seus problemas, expandir seus limites muito além do conhecido, buscando novos modelos para obter um upgrade na vida e não se acomodar com o insatisfatório. Isso tudo para usufruir da felicidade.” (TIBA, 2006).

Família e escola devem caminhar em sintonia e comunhão de idéias uma vez que, limite e disciplina na criança é fator fundamental para que esse tenha um desenvolvimento psíquico, cognitivo e social, saudáveis, oferecendo ao sujeito a chance de viver a inclusão na sociedade.
 
 
REFERÊNCIAS
 
BION. Uma questão de limites: os pais devem estabelecer claras para as crianças e ajudá-las a lidar com as frustrações. Disponível em:
http://www.terra.com.br./istoe/especial-bebes/disciplina/ 
 
COSTA, A. e COSTA, N. Limites e disciplina na relação pais e filhos. Belém: UFPA, 2002. 
 
CLEMES, H e BEAN, R. Castigo e Afeto: como educar as crianças sem medo e sem culpa. 2ª ed. São Paulo: Gente, 1995. 
 
KAPLAN, H.I,. SADOCK, B.J. & GREBB, J.A: Compêndio de Psiquiatria, Ciências do Comportamento e Psiquiatria Clínica. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1997.
 
REIS, A.O.A., Teorias da personalidade em Freud, Reich e Jung. Alberto O Advincula Reis, Lúcia Maria Azevedo Magalhães, Waldir Lourenço Gonçalves. São Paulo: EPU, 1984. (Temas básicos de psicologia; v.7)
 
SAMALIN, N. e JABLOW, M. M. Amar seu filho não basta: uma nova visão da disciplina infantil. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
 
TANAMACHI, E.; Proença, M e ROCHA, M. Psicologia e Educação: desafios teórico práticos. 1ª ed. São Paulo: Casa do Psicólogo. 2000.
 
TEIXEIRA, E. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa. 4ª
ed. Belém: Grapel (UNAMA), 2002.
 
TELES, S. L. M., Psicodinâmica do Desenvolvimento Humano: uma introdução à
psicologia da educação. 9ª ed. rev. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
 
THIERS, S., Sociopsicomotricidade Ramain-Thiers: uma leitura emocional, corporal e social. 2 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998.
 
TIBA, I. Disciplina: o limite na medida certa. 13ª ed. São Paulo: Gente, 1996.
__________ Disciplina:limite na medida certa,Novos Paradigmas.85ª ed. rev. – São Paulo:Integrare Editora, 2006
__________Juventude & Drogas: Anjos Caídos. São Paulo: Integrare Editora, 2007
 
 VÁSQUEZ, A.S. Ètica. Adolfo Sánchez Vásquez; Tradução de Joal Dell’Anna .20ª
ed., Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.        
 
WINNICOTT, D.W. A criança e o seu mundo; Tradução de Álvaro Cabral. – 6ª.ed, 11ª reimpr. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
 
ZAGURY, T. Educar Sem Culpa: a gênese da ética. 16ª ed., Rio de Janeiro: Record,
2000.
__________ Limites Sem Trauma. 16ª ed., Rio de Janeiro: Record, 2001.
__________ Sem Padecer no Paraíso. 17ª ed., Rio de Janeiro: Record, 2002.
 

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A dimensão afetiva do corpo:
Uma leitura em Ramain-Thiers

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Volume IV
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